Participar efetivamente da vida dos jovens se tornou essencial!

Publicado em 18/08/2008

Participar efetivamente da vida dos jovens se tornou essencial. Você que acompanha os nossos artigos sabe que a cumplicidade entre os indivíduos de uma família é extremamente saudável, tanto para o jovem quanto para o relacionamento futuro entre pais e filhos. Entretanto, muitas vezes, a sua agenda repleta de compromissos profissionais e as viagens de negócios, juntamente com as aulas de inglês e os esportes dos filhos, acabam resumindo o relacionamento cotidiano de vocês a uma conversa por celular durante o horário de almoço (e olhe lá!). Portanto, aproveite esta chance e dê o melhor presente de Natal que ele pode ter: a sua presença.

Não importa a idade de seus filhos, sempre é tempo para tentar algo novo. Quanto mais vocês forem cúmplices, mais facilidade terão para enfrentar os problemas de cada etapa da vida. A cumplicidade é que vai dar maior intimidade para abrir espaço e gerar a proximidade e o respeito nas ocasiões em que tiverem de falar sobre assuntos sérios, como droga, sexo e vestibular, sem que soe autoritário ou repressivo.

Criando o espaço da cumplicidade
Chame seu filho para almoçar com você. Deixe o papo fluir normalmente. Para criar este oxigênio emocional entre vocês, evite abordar diretamente assuntos polêmicos e delicados. Vale falar de trivialidade, daqueles assuntos amenos que relaxam e, indiretamente, aproximam.

Se vocês não têm o hábito de conversar sobre assuntos diversos, vá com calma. A aproximação pode demorar um pouquinho para acontecer. Não vai ser de uma hora para outra que vocês se tornarão amigos íntimos. Mas não desista. Você pode ser o próximo amigo do seu filho. Nunca é tarde para começar. Se você tentar marcar um almoço com sua filha e ela lhe disser um categórico "Não vai rolar! Vou ao shopping com a Bibi e com a Malu", não fique ressentido. Ela continua gostando de você da mesma forma. Não desista de seu filho na primeira tentativa e procure criar mais canais de contato com ele.

É importante observar que, dependendo da idade, a maneira como seu filho irá interpretar a sua atitude pode ser diferente daquela que você imaginava. Quando estão na adolescência, a tendência é que eles se afastem um pouco da família para criar a sua identidade própria. Respeite esse tempo que ele está tirando para se entender e se conhecer, mas não bloqueie oportunidades para vocês ficarem juntos. Às vezes, você pode ser a pessoa certa que ele estava precisando para conversar.

Convidá-lo para conhecer o seu escritório pode ser muito interessante. Ele terá idéia de como a sua rotina pode ser cheia de compromissos e entenderá melhor o porquê da sua relativa distância da família. É uma boa oportunidade também para os filhos conhecerem a sua profissão. Quem sabe, eles não descobrem que gostam do que você faz e acabam colocando a sua profissão na lista de possíveis carreiras a seguir.

Quando chegar em casa, em vez de deitar no sofá para assistir TV e ler o jornal, prepare um programa diferente. Proponha um jantar em família. Enquanto um descasca as batatas e outro faz a salada, aproveite para conversar sobre o dia deles. Haja como um amigo de verdade, que não cobra, mas se interessa pela vida deles. O pai amigo é aquele que tem coragem de impor limites, regras e, às vezes, até dar uma bronca ou um castigo, quando merecido. Mas, da mesma forma, ele tem coragem de admitir erros, elogiar e dizer para o filho o quanto o ama.

Pais e filhos: amigos na dose certa
Pais e filhos têm papéis distintos. Certas regras e valores, como gastos e regras da casa, quem decide são os pais. É preciso tomar cuidado para não confundir amizade com a liberdade de deixar os filhos tomarem todas as decisões. Os jovens podem, por exemplo, opinar sobre as escolas que gostariam de estudar, mas a palavra final deve ser sempre dos pais. Para criar essa amizade, algumas vezes os filhos poderão dizer que odeiam os pais. Isso faz parte. Afinal, um pai amigo é aquele que lida com a verdade e se afirma diante do filho. Dessa forma, o jovem cresce sabendo as regras do jogo e da vida.

Como planejar as férias?
Para aproveitar ao máximo os horários livres, a organização é fundamental. Seus filhos estão em férias, mas você pode não estar. O ideal é fazer um planejamento familiar para você não se ausentar nessa época em que eles demandam mais atenção. Primeiro, sente-se com seu cônjuge para conversar sobre dinheiro. Faça as contas e veja o quanto vocês poderão gastar nessa etapa da vida dos filhos. Com o orçamento em mãos, faça uma reunião com a família toda para discutir onde o dinheiro será empregado. Quanto poderá ser gasto com brinquedos, qual a parcela para viagens, quanto irão gastar com passeios etc.

Colocar essa conversa no papel e fazer uma planilha é de extrema importância por diversos motivos. As crianças são muito mais concretas e objetivas. Sabendo da sua real possibilidade de participar, elas podem criar uma expectativa saudável a respeito das atividades que irão desenvolver com você durante a semana. Além disso, você também saberá o que eles fizeram durante o dia. Um ótimo assunto para o jantar.

O que entra na planilha?
Diversificar as atividades é muito importante. Os horários de lazer puro devem ser divididos com lazeres educativos. Entre um parque de diversões e passeios de bicicleta, coloque atividades como visita a museus, passeios culturais e cinemas. Se não estiver disposto a sair de casa, alugue alguns DVD’s que possam gerar debates, tais como: Clube do imperador, Sorriso de Monalisa e Homens de honra. Idéias para compartilhar bons momentos com os filhos não vão faltar. Você sabe muito bem que essa garotada tem uma criatividade tremenda e está por dentro de muitas coisas que estão acontecendo na cidade.