O ensino da gramática não deve ser visto como um conjunto de métodos onde se memorizam regras de oratória e retórica.

Publicado em 20/05/2009

Todo ser-humano possui uma gramática dentro de si.

            O ensino da gramática não deve ser visto como um conjunto de métodos onde se memorizam regras de oratória e retórica. Infelizmente, muitos colegas de profissão tendem a eleger a gramática (em sua norma culta) como a língua correta, cometendo erros, julgando o valor das outras variedades da língua. O ensino da gramática, portanto, é visto por uma ótica limitada que procura apenas diferenciar o CERTO do ERRADO.

            Porém, no Centro Educacional Praia da Costa, incentivamos o respeito às diferenças culturais, sociais, e também linguísticas.

            Durante as aulas de Língua Portuguesa, são derrubados os pilares que sustentam a dicotomia do certo e do errado, e naquele lugar são erguidas construções que buscam compreender melhor as variedades da língua. Mais do que memorização de normas cultas, mais do que regras de acentuação, imposição sobre regências e concordâncias, nossas aulas de língua portuguesa visam a levar o aluno a compreender melhor as relações entre língua, gramática e sociedade.

            Por trabalharmos com gêneros textuais diferenciados que possuem elementos constitutivos distintos, ajudamos a diminuir o chamado preconceito linguístico. Além disso, nas aulas de literatura, os alunos são levados a considerar vários tipos de discurso, várias maneiras de escrever e de falar. Tudo isso faz com que o aluno CEPC compreenda que a linguagem não é homogênea, mas um diassistema, que possui realidades diatópicas (diversidade de dialetos), diafásicas (diversidade de estilos da língua), diastráticas (diversidade de nível social), e compreende também que cada comunidade possui sua língua funcional, porém, sem eleger a gramática como elemento formador de preconceito.